Resenha de Enraizados

Ficha técnica: capa, país EUA, 2017, fantasia, 384 páginas

Você vê a capa, olha a sinopse e parece que vai ser mais uma história para criança dormir, só que não recomendo ler para seus filhos não.


Desenho de um livro aberto seguido do texto "leitura compartilhada"
Zapeando pelo instagram eu me deparei com essa leitura compartilhada da @retipatia. Um livro de fantasia que parecia ser bem leve e estava grátis lá na Amazon. Curiosa e querendo muito ter a experiência, entrei para o grupo.

O Cronograma era bem tranquilo, 3 semanas com 10 capítulos cada e uma discussão aos sábados. Em quarentena por conta do Coronga do mal e tendo acabado de acabar o Ninguém Nasce Herói, achei que ia ser suave, mas achei errado querides.

A primeira semana do grupo a gente foi se conhecendo, na real para mim foi a melhor parte da LC. Todo mundo conversando muito, batendo papo, se acolhendo. Achei lindo e me senti abraçada.

Participei apenas da primeira discussão porque eu não consegui ler tudo a tempo. Descobri que com a pandemia, ansiedade e a minha auto pressão de ler a tempo me fez travar. Na última semana eu simplesmente não queria ler mais, senti que tava tudo muito amontoado e não tava gostando, não tava legal.
Depois que a discussão já tinha acabado, eu já tinha começado e quase acabado um outro livro, peguei os últimos capítulos para ler com relutância. Eu quase abandonei, mas faltava tão pouco, se fosse para falar mal que fosse com propriedade e ainda bem que eu continuei. Fiquei surpresa por ter gostado dos 2 últimos capítulos e ter lido rápido.

Eu quase abandonei, 4 estrelas! hahahahaha Real, três estrelas é uma nota baixa para um livro com a qualidade que a história tem (vou me aprofundar nisso no Ritmo de Leitura, lá embaixo), porém a leitura não foi para mim tão fluída e gostosa para dar quatro estrelas. Minha nota na Amazon foi de 4 estrelas, já no Skoob dei 3,5 porque lá eles permitem a meia estrela.

Desenho de um livro sendo segurado por uma mão escrito em seguida "A capa"
Eu já tinha visto e lido a sinopse antes da LC, pois a editora tinha disponibilizado o livro de forma gratuita na Amazon, mas não tinha me interessado por conta da capa que me pareceu algo infantilizado, pensei que não era o que eu procurava no momento.
Imagem comparativa da capa brasileira com a capa estadunidense

O que desfavorece essa capa, que temos aqui no Brasil, além da paleta de cores ser mais alegre, temos todo o design com desenhos simples e chapados, apesar de bonita não combina com a narrativa que temos dentro. Talvez a intenção seja para que se pareça com uma capa moderna de um conto de fadas.

A capa parece muito ter um parentesco com a do livro O urso e o Roxinol e outros títulos pertencentes a selos da editora Rocco. Achamos ai nosso fator em comum.

A capa dura gringa da editora Del Rey além de bonita, tem elementos mais elaborados e em maior quantidade, o que me deixa mais curiosa. Porém é uma capa mais séria, talvez não chame atenção do público jovem. Pensando nisso eu posso dizer que não estou me sentindo tão jovem e que talvez eu não seja o público-alvo deles. 

Desenho de duas mãos folheando um livro em seguida está escrito "ritmo de leitura"
O começo foi normal, nem fácil nem difícil. Fui engolindo toda aquela história de contos de fadas achando que ia ser só isso. Senti uma grande antipatia imediata com o personagem do Dragão e fiquei me perguntando o porquê ele de 10 em 10 anos mantém uma garota do povoado em sua torre, e talvez por curiosidade a história foi me pegando. 
Fui percebendo que a Agnieszka, nossa personagem principal, não era tão donzela indefesa e ela sendo toda estabanada me fez criar alguma confiança de que essa história podia ser mais do que eu estava esperando. A leitura começou ficar mais frenética e gostosa, as coisas aconteciam e só me faziam ler mais.

Porém as coisas começaram a ficar atravancadas tudo muito cheio de informação e muito corrido. Comecei ficar cansada da leitura e eu queria algo para me relaxar, para me entreter, talvez eu não estivesse na vibe desse livro.

Se a autora te deixa o tempo todo tenso, esse recurso usado para te imergir na história acaba perdendo um pouco do efeito. É importante deixar a gente, o leitor, apreensive e ansiose, mas é importante dar um fôlego para que a gente não se canse e largue a história.

Depois da minha pausa eu li os últimos capítulos sem pressa, fui seguindo e fiquei feliz de não ter abandonado, mas sinto que a história foi se condensando durante a narrativa para caber num livro só e que não fosse um calhamaço.
Fico me perguntando se isso foi uma pressão da editora ou da própria escritora, que não queria uma série.

Desenho de uma máquina de escrever e escrito em seguida "Autora"
A autora ganhou vários prêmios literários, entre eles o Nebula de Romance por Enraizados. 
No final com os agradecimentos e a a bio dela, só comprovou a influência do Tolkien na escrita. Os direitos de adaptação do livro está com Peter Jackson, mesmo diretor de Senhor do Anéis.
Achei interessante que o marido dela também é escritor, imagino um dando apoio ao outro, ajudando nos textos e nos bloqueios criativos. 



Caso você tenha gostado e acredita que essa história épica em que a mocinha é a fodelona da porra toda é a sua praia você pode comprar o livro ou ebook clicando nesse banner aqui embaixo, lembrando que a versão digital está de graça pelo Unlimited.



Uma análise do livro, com spoilers, está para sair no dia 29 de maio, as 19h30, aqui no blog. 

Agradeço sua leitura e se você quiser, me conte se você já leu alguma coisa que deu uma engasgada mas depois valeu a pena. 

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2 Comentários

  1. Eu passo muito por isso, abandonar leituras ou acabar pegando livros frenéticos e ficar exausta! Que bom que você não abandonou e contou pra gente!

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    1. Às vezes eu termino na força do ódio, mas eu queria abandonar os livros mais facilmente. Mas obrigada por ter lido e comentado

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